Caminhadas Sonoras, uma perspectiva sobre os grandes espaços de Salvador.

A visita a alguns pontos do território onde foi a fortificação de salvador, denota de primeira impressão como o abandono ao centro histórico vem de encontro a apagar grandes espaços do conhecimento popular. No derredor do Museu de Arqueologia , é possível inferir que espaços pertencentes a universidade e com uma significação importante se mantem em ruínas, e sem quaisquer perspectivas de incentivo público para uma outra significação aos espaços. A depreciação da nossa história , e o desconhecimento a respeito da própria exposição sobre a Arqueologia de antepassados, me faz ter um questionamento do quanto, o incentivo a pesquisa e a contemplação dessa área de estudo e de conhecimento vem sendo posto à margem na sociedade, bem como a religião de matriz africana, tópico de um dos pontos visitados, que possui uma importância incomensurável na compreensão de como a sociedade se configurava e como vários de nossos hábitos e costumes são reflexo, dessa religião, rica nos mais diversos aspectos. Um povo que resistiu e resiste até hoje a tantas mazelas e dificuldades que acometem não só ao centro histórico, e sim a história da Bahia, do Brasil. A perda de bens materiais e imateriais é claramente vista em grande parte do percursso, em contrapartida, o capital imobiliário parece atuar na contramão da preservação desse bem , uma vez que se vale das políiticas de tombamento,realizadas pelo IPHAN e IPAC, e ciente que a população local não possui subsíidio para uma reforma dentro dos parâmetros legais, se apropria dos imóveis , ainda que de forma legal, para trazer a esse espaço uma outra acepção; que evidenciam o descaso do poder público em revitalizar o berço da históoria do Brasil . O questionamento que mais me chamou atenção e alerta é a respeito do quanto essas intervenções que já vem acontecendo , vem conseguindo apagar e descaracterizar grandes espaços e trazer uma falsa estética ao local que já é rico nas mais diversas perspectivas.

Comentários

  1. Massa Caíque. Como você pensa agora em verter essas reflexões em um formato sonoro?

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