Andarilhando pelo centro histórico de Salvador

        O centro antigo, vive, resiste, assiste, e insiste em dizer que permanece. A caminhada que fizemos no dia 24/09, foi enriquecedora em diversos aspectos. O início da pesquisa se deu com a visita ao museu etnográfico. Dentre a surpresa que tive em ver o acervo de Pedro Agostinho (avô de uma grande amiga, e meu amigo também), e tantas coisas lindas que vimos, o que mais me chamou atenção foram as "urnas" onde os povos indígenas (que agora me fugiu a qual etnia específica eles pertenciam) depositavam os corpos dos mortos. Me chamou atenção o modo fetal com que eles são "guardados", de forma que compreendi como a vida é um ciclo e o tempo não é tão linear, e o que seria vida pode ser também morte e vice-versa. Relacionado com isso, fiquei "viajando" durante a caminhada, como a natureza se faz viva em lugares de "morte"... o que no caso não tão de morte assim, pensando nos processos fantasmagóricos das construções do centro antigo... O MAFRO também foi bem impactante... Os Orixás de Carybé talhados em madeira são surpreendentemente lindos, e a ressignificação dos processos de embranquecimento do que é oriundo de África foi de extrema importância de ser pontuado , observado e discutido....

Deixo algumas fotos dessa andarilhada tão cheia de nuances....
E deixo também um link que fala de um movimento social recente, dos moradores do centro antigo.

https://www.facebook.com/pg/articulacaodocentroantigodesalvador/photos/?ref=page_internal


Urnas indígenas






Salubá, Nanã!



Yemanjá como pouco é representada. Mulher Negra

Comentários

  1. Que massa essa relação entre vida morte e fantasmagoria! Adorei! Lindas fotos também! e Valeu pelo link!

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