Se o homem no costume do desuso e da substituição abandona, a natureza abraça e toma para si. Há luz no Cine Jandaia, existe vida por ali. Quais histórias os destroços e a vegetação desse lugar têm para nos contar?
Quem sabe não seria a natureza ocupando de volta um espaço que já era dela. Quem sabe a natureza não está ali para fazer companhia para a ave presente na parede que há muito tempo se viu tão só... Quem sabe não são suspiros de um cinema que já exibiu histórias, começou histórias, juntou histórias, terminou histórias, e assim dita o provável fim de sua existência?Ou seria um novo começo?
O mistério paira no lugar, e na ausência dos rolos de filmes e de uma tela, o filme é contado na presença de cada árvore presente ali. O nascimento de uma nova planta que conta uma história, e a partir daí se faz também uma nova história. Um filme lento exibido apenas aos olhos de quem tem a sensibilidade de ver.



rara sensibilidade, os fantasmas agradecem
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