O que parece um simples “pego com a mão na massa” ou “pego
em flagrante”, revelou-se, no caso do prédio La Vue, como um pequeno mal
entendido e, talvez, uma briga de cachorro grande, algo a que sempre se resumem
os assuntos tratados neste país eivado de oligarquias que disputam vorazmente
por poder e prestígio, como cachorros atrás do seu osso.
A versão oficial dos fatos, de acordo com jornais e os
processos no IPHAN nacional e IPHAN Bahia, parece apontar à parede Calero. Como
se tudo conspirasse a favor do agora Ex-ministro Geddel, se não fosse esse
ministro da cultura enxerido. A obra do prédio La Vue foi aprovada pelo IPHAN
Bahia, mas não pelo IPHAN nacional. E, ao que tudo indica, a pressão foi forte
sobre Marcelo Calero, mas ele “heroicamente” não cedeu e barrou a aprovação da
obra, levando consigo não só ela, mas o próprio ministro Geddel, que cedeu
diante das denuncias de pressão.
Se notaram as aspas no “heroicamente”, no parágrafo
anterior, perceberam aonde eu quero chegar. Suspeito, não? Uma trava desse
porte, uma desestabilização desse nível simplesmente por boa vontade de um
indivíduo; não que isso não possa acontecer, mas os relatos colhidos sugerem
outra versão. Algo a ver com uma família, Os Mariani, bastante poderosa, e que
possui muitos terrenos na redondeza do empreendimento La Vue. Se fizeram algo
nessa história, apenas uma investigação mais precisa poderá dizer, mas
certamente ficaram descontentes...
O que quero dizer, é que nesse mundo de cachorros grandes,
não há “Mal Entendidos”, há simplesmente a prevalência de um grupo sobre o
outro...

Interessante a perspectiva da briga dos coronéis pela ladeira da Barra...
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