Caçando fantasmas
A experiencia era encontrar
pessoas aleatórias, que representassem grupos
diferentes e questioná-los sobre sua visão do Rio Vermelho de hoje e o Rio
Vermelho do futuro. Mas o que aconteceu foi algo maior. Ao me colocar em uma
posição de expectadora, e não mas frequentadora deste lugar, eu tive o prazer
enxergar o novo.
O Rio Vermelho da minha memória
afetiva não existe mas. Eu sempre o encarava igual, pois eu não me dava ao
trabalho de pensar nele. Eu apenas estava lá, com as mesmas pessoas, e não
notei, que ao me redor tudo estava diferente. Quem estava ao me redor, não eram
as mesmas pessoas, não era o mesmo lugar. O que era, deixou de ser, ou quem
sabe se deslocou para uma outra região da cidade.
A Boemia esta lá, mas que tipo de
Boemia é essa?
Existem um mar novo de gente, ou
deveria dizer, um Rio de gente, que renova o bairro e traz uma cara nova ao
velho. Por mais estranheza que isso possa causar às pessoas que já estavam
acostumadas a ocupar esse bairro, são as renovações que movem as histórias, “o
novo sempre vem”, como disse Belchior. O importante é manter a história viva,
para que ela não seja enterrada pelas novidades. As novidades vão vir, de
qualquer jeito, precisamos apenas encontrar uma maneira de abraça-las e
permitir a elas um espaço, para que não sucumbam o que já existe e para que guiem
conscientemente esse lugar à um novo melhor.



o rolo compressor da história...
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